Saturday, January 9, 2016

Atleta Amputado

O Treinamento de atletas amputados passa por uma série de ajustes físicos (p.e.- fisiológicos e de biomecânica), psicológicos (p.e. - imagem corporal) e de ajustes de carga em virtude das características da amputação ou má formação da estrutura.

A mecânica de corrida ou de salto do atleta depende em primeiro lugar do nível da amputação. A perda ou comprometimento das estruturas articulares impacta diretamente na performance. Podemos colocar numa relação direta que quanto mais estruturas preservadas, mas eficiente será o movimento.


Os resultados de Markus Rehm no salto em distância cruzaram definitivamente a questão da performance, superando no ano de 2015 os melhores resultados de atletas olímpicos. No entanto, como já discutimos no blog (Corpo Eficiente ou Super Corpo) essa eficiência tem de ser analisada e entendida, não apenas para melhorar a performance dos atletas paralímpicos, mas para entender que a comparação com os atletas olímpicos pode não ser adequada.


Prova do Salto em Distância T44 no Mundial de Atletismo do IPC em Doha, 2015.

A revisão sistematica de Bragaru e colaboradores, em 2011, mostra a gama de estudos que são realizados com essa população e os efeitos do exercício físico no e pelo esporte. Levando em consideração aspectos biologicos e mecânicos ou de participação e percepção do corpo.


O processo pedagógico do treino e características dos atletas podem ser encontrados em vários materiais técnicos e artigos. Já mostramos o manual em uma postagem de 2012, mas vale a pena traze-lo novamente, pois o material trata de amputações de membro inferior e superior em seus vários aspectos.

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Estudos tem sido cada vez mais frequentes, para os atletas amputados de membro inferior. Taboga e colaboradores (2014) mostram os efeitos do atleta amputado na saída do bloco. Fase mais sensivel na performance dos atletas, uma vez que a perda do equilibio nos bi-amputados e grande e relação bilateral nos amputados de uma perna também influenciam na performance.


No Brasil, numa parceria entre o Núcleo de Alto Rendimento São Paulo e o CPB foi realizado a comparação entre atletas com bi-amputação e o Campeão Brasileiro dos 100 mts. Os resultados mostraram vantagens e desvantagens na corrida do atleta amputado em relação ao atleta sem deficiência. Podemos ver alguns desses pontos na matéria capitaneada pelo Guilherme Roseguini e vinculada no Esporte Espetacular.


Referências
Bragaru, M., Dekker, R., Geertzen, J. H. B., & Dijkstra, P. U. (2011). Amputees and sports: A systematic review. Sports Medicine, 41(9), 721–740. http://doi.org/10.2165/11590420-000000000-00000

Mcphan, J. (n.d.). Preparing Amputee Athletes: THE AUSTRALIAN APPROACH.

Taboga, P., Grabowski, A. M., di Prampero, P. E., & Kram, R. (2014). Optimal Starting Block Configuration in Sprint Running; A Comparison of Biological and Prosthetic Legs. Journal of Applied Biomechanics, In Press, 381–389. http://doi.org/10.1123/jab.2013-0113

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