Saturday, May 12, 2012

Salto em Distância para as Classes F35-38 e F42-46

O Salto em distância para os atletas com deficiência física segue as mesmas regras do utilizado no atletismo convencional. 


Pelas regras do IPC a tábua de impulsão deverá estar entre 1 e 3 metros de distância do setor de queda. A marcação da distância do salto será feita tendo como referência a parte do corpo que tocar mais próximo a areia em relação a tábua de impulsão ou a prótese no caso dessa se soltar e cair em uma posição anterior a marcação do corpo do atleta no setor de queda.


O principio básico da técnica é similar ao dos atletas regulares, no entanto a condição etiológica de cada atleta impacta no seu modo de saltar.


Figura 1- Atleta da classe F42 nos Jogos Paralímpicos de Pequim

Fonte - CPB


A corrida de aproximação depende do nível de comprometimento, quanto mais severa a incapacidade causada pela deficiência, por consequência menor será a corrida de aceleração. A tabela apresenta o número de passadas que vária conforme o nível do atleta (funcionalidade e capacidades físicas).

Tabela 1 - Distância da corrida de aceleração conforme a classificação funcional e o gênero.


Fonte: Torralba, No Prelo
A passada de abordagem da tábua vai depender principalmente da funcionalidade dos membros inferiores. Como exemplo a Figura 1 mostra uma atleta com amputação acima do joelho, a atleta usa como recurso para o salto a perna com prótese que pode facilitar a impulsão ou saltar sem prótese como no caso do vídeo 1, no entanto a corrida de aceleração sem a prótese é menor. O atleta não pode usar muletas na corrida de aceleração.

No caso de um atleta que tenha uma limitação de movimento Andre Luiz Oliveira
, da classe F44 (figura 2), que apresenta perda de função muscular na perna esquerda, desse modo deverá trabalhar sua técnica para saltar com a outra direita. Sua deficiência limitará sua funcionalidade de saltar com a perna que outrora era a de impulsão.

Figura 2 - Andre Luiz Oliveira



Atletas usuários de próteses no membro inferior usam essa perna para a impulsão, tanto na classe F42 amputação acima do joelho, quanto na F44 amputação abaixo do joelho.



Treinadores de atletas com paralisia cerebral devem observar o lado com maior comprometimento pela paralisia e usar o membro oposto para o salto. Desse modo a contagem das passadas deverá respeitar o membro com melhor funcionalidade na abordagem da tábua de impulsão. A paralisia cerebral pode comprometer não apenas a fase da impulsão, mas a coordenação de maneira global. A espasticidade pode aumentar durante a competição ou devido a fadiga do treino o que pode comprometer a coordenação da técnica.



Vídeo - Atleta amputada F42 saltando sem o uso de próteses


Vídeo 2 - Final do Salto em distância classe F42 Masculino Mundial IPC 2013


Vídeo 3 - Salto em distância na classe F37 masculino Mundial IPC 2013


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