Tuesday, September 20, 2011

Congresso VISTA 2011

Foi realizado na Alemanha o Congresso Cientifico do IPC, a divulgação de novas pesquisas e de novos caminhos podem ser acompanhados pelos Anais do Congresso disponivel a seguir


Tuesday, July 12, 2011

Treinamento em Cadeira de Rodas

O livro Wheelchair Sport: a complete guide for coaches, athletes and teachers de  Victoria Goosey-Tolfrey é uma das principais referências para Treinadores de/e Atletas usuários de cadeira de rodas.
O tópico sobre atletismo em cadeira de rodas apresenta um pouco da técnica de corrida, da fisiologia e do treinamento.

Vale a pena a leitura!




A seguir segue o link da publicação, para que todos possam dar uma olhada em seu conteúdo.

http://books.google.com.br/books?id=H43rKeYSeBcC&printsec=frontcover&dq=Goosey-Tolfrey&hl=pt-BR&ei=mu8cTspK6uDRAdqh5fMH&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=1&ved=0CCkQ6AEwAA#v=onepage&q&f=falseUma

Monday, June 20, 2011

Mais um pouco dessa parceria entre Para-atletismo e Ciência


Durante os Jogos Paraolímpicos de Pequim foi realizada uma investigação sobre o padrão de sono e ansiedade dos participantes da modalidade atletismo nos Jogos.

Os resultados do estudo além de serem uma referência para a área, serviram como suporte para a aclimatação do Campeonato Mundial da Nova Zelândia em 2011.

A ciência tem de ser algo ciclico e sem ficar restrita as prateleiras de livros nas bibliotecas ou em tempos modernos as bases de dados na internet. O retorno tem de ocorrer de maneira direta, para que os atletas possam ter evolução de sua performance.

O artigo publicado em 2012 no British Journal of Sports Medicine, mostra os resultados da primeira fase de identificação do problema.
Silva, A., Queiroz, S. S., Winckler, C., Vital, R., Sousa, R. A., Fagundes, V., … de Mello, M. T. (2012). Sleep quality evaluation, chronotype, sleepiness and anxiety of Paralympic Brazilian athletes: Beijing 2008 Paralympic Games. British Journal of Sports Medicine, 46(2), 150–154. http://doi.org/10.1136/bjsm.2010.077016


Corpo Eficiente ou Super Corpo


O atleta sul-africano Oscar Pistorius alcançou no Meeting de Lignano (Itália), no último dia 19 de julho, o índice para o Campeonato Mundial da IAAF na Coreia do Sul e, também, marca mínima para participar dos Jogos Olímpicos de Londres.

Matéria Site do CPB

Mérito muito grande do atleta e de seu estafe técnico. No entanto, surge a dúvida de que isso é fruto somente de treinamento e potencial genético ou a tecnologia da prótese seria um terceiro componente.

Essa discussão está pautada hoje não só na questão ética que levou ao julgamento do caso na Corte Arbitral do Esporte, já que a IAAF não permite a participação de atletas em seus eventos que utilizem recursos que gerem vantagem na competição.

Podemos usar uma lógica indutiva e entender que sem a prótese o atleta não poderia correr, logo com a prótese o atleta não tem vantagem, mas está em igualdade de condições com os demais atletas.

Um atleta treinado como no caso de Oscar e utilizando um recurso tecnológico torna o seu corpo uma estrutura simbiótica, que produz resultados esportivos fantásticos.

Nesse sentido, não podemos caracteriza-lo somente como um corpo deficiente, por conta da ausência de suas pernas, já que em sua especialidade atlética esse obtém marcas esportivas que poucas pessoas no mundo são capazes de fazer. Sua performance esportiva o torna um corpo eficiente.

No entanto, as pesquisas mais recentes tem mostrado que o uso das próteses gera um retorno de energia elástica de aproximadamente 92% em cada passada.

Não seria mais lógico caracteriza-lo, Pistorius, como Super Corpo, algo muito discutido em tempos de pós-modernidade e de tanta tecnologia.

Será que o espaço de competição dos atletas com “Super corpos” é nos Jogos Olímpicos? Isso não se caracterizaria como doping tecnológico? Poderia um atleta como Bolt amputar sua perna e colocar uma prótese que lhe daria melhor retorno mecânico e melhorar sua performace nos 100 metros?

Eticamente pessoas com estruturas mecânicas ou biônicas que gerem melhora da performance em uma especialidade, mesmo que essa seja para minimizar sua condição de incapacidade frente uma deficiência, não poderiam competir em eventos nos quais as regras não permitem a utilização desses equipamentos por todos os participantes.

Entender esse ponto de vista nos leva a um segundo ponto de discussão.

Os super corpos competem hoje em um lugar criado para os corpos deficientes, que não tinham lugar na sociedade esportiva do século XX. Será que os Jogos Paraolímpicos estão preparados para essa nova lógica?

Os Jogos Paraolímpicos sem dúvida são um espaço para esses atletas, suas potencialidades e limitações.

No entanto, o século XXI começa com um desafio para o movimento Paraolímpicos que é adequar sua filosofia, regras e classificação a essa nova possibilidade. Já que implementar essa condição no qual abre espaço ou regulamenta a utilização de recursos para os Super Corpos das pessoas com deficiência poderá trazer uma maior mídia e mostrar a possibilidade do ser humano.

No entanto, caso não seja compreendida essa nova condição isto poderá agravar a disparidade entre países ricos e pobres ou manter um sistema de classificação com o foco só na deficiência e não na possibilidade ou regras permissivas ao uso de componentes que não potencializem a equidade de condições na participação esportiva.


Ciro Winckler

A entrevista do Prof. Dr. Silvio Meira nos ajuda a entender um pouco essa discussão.

Thursday, June 16, 2011

Questões Pedagógicas do Para-atletismo

 

O ensino do atletismo para pessoas com deficiência visual, passa pelo entendimento básico da necessidades e características dessa população. No caso especifico a deficiência visual, cegueira e baixa visão, e a limitação causada por esse processo.

 

Segue um link para dois artigos publicados a alguns anos na Revista eletrônica Lecturas:Educacion Física y Deportes.

Nesses além da questão da intervenção pedagógica no atletismo é apresentada uma proposta para a avaliação da função visual de atletas com baixa visão, no ambiente de prática esportiva.

 

www.efdeportes.com/indic69.htm

www.efdeportes.com/indic75.htm

Monday, June 6, 2011

Estudos sobre Para-atletismo 1


Um dos objetivos desse espaço será disponibilizar novos estudos a respeito do Para-atletismo. Serão evidenciados estudos biomecânicos, fisiológicos, médicos, sociológicos e demais áreas que possibilitem a criação de evidencias que sustentem o trabalho dos treinadores e profissionais da saúde.


Começaremos nossa série com pesquisas que tem o enfoque nos atletas de lançamento que usam bancos ou cadeiras para essas provas (Classes F51-57 e F32-34).

Área extremamente específica e que demanda conhecimento técnico de atletismo e das características da deficiência não só para ajustes técnicos mas de adequação do banco de lançamento.


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Sonia Gouveia Treinando para os Jogos Paraolímpicos de Atenas 2004

Saturday, June 4, 2011

Treinamento para Atletas Amputados

 

O Centro Avançado de Prótese, instituição Australiana, formada por vários especialistas na adaptação de pessoas amputadas as suas “novas” pernas e braços, além de treinadores paraolímpicos desenvolveram um manual que indica características e necessidades para o treinamento do atleta amputado ao usar próteses.

O material é muito interessante para treinadores, atletas e profissionais da saúde que trabalham com esses atletas.

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O material pode ser obtido no seguinte endereço:

http://www.fos.com.au/db/632107532080093876.pdf

Tuesday, May 31, 2011

Classificação Oftalmológica

 

A classificação dos atletas com deficiência visual, ainda continua médica, no entanto houve uma mudança nos critérios de elegibilidade dos atletas e nos parametros médicos adotados.

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Classe B1 - atletas com cegueira que não apresentem percepção luminosa, indo até a capacidade de perceber uma fonte luminosa, mas não conseguindo definir a orientação de um optotipo E[1] de 100M (altura de 145mm) a uma distância de 250 mm o que equivale a escala oftálmica LogMAR[2] 2.6;

Classe B2 – nessa classe estão os atletas com baixa visão que conseguem conseguindo definir a orientação de um optotipo E de 100M (altura de 145mm) a uma distância de 250 mm o que equivale a escala oftálmica LogMAR 2.6 até ser incapaz de reconhecer um optotipo de 40M E (altura de 58mm) colocado a 1 metro de distância, o que equivale a escala oftálmica LogMAR 1.6, e/ou campo visual de diâmetro menor que 10 graus; e

Classe B3 –para atletas com baixa visão que apresentem acuidade visual ser incapaz de reconhecer um optotipo de 40M E (altura de 58mm) colocado a 1 metro de distância, o que equivale a escala oftálmica LogMAR 1.6, até a acuidade inferior a LogMAR: 1.00 apresentado a uma distância de 1 metros e/ou campo visual com diâmetro inferior a 40 graus (IBSA, 2011).


[1] Opotipo E é aquele que tem o formato de uma letra E maiúscula que permite que essa seja girada em qualquer direção

[2] LogMAR escala que converte a dimensão dos optotipos em uma escala linear.

Winckler e Almeida (No Prelo) DEFICIENCIA VISUAL: Conceitos e características.

Sunday, May 29, 2011

Copa Do Mundo Paraolímpica

A participação Brasileira na Copa do Mundo Paraolímpica foi excelente, foram 2 medalhas de ouro (Terezinha – 100 e 200 mts), 1 prata (Alan 100 mts), 1 quarto lugar ( Yohanson 100 mts) e dois quintos lugares (Yohanson 200 mts e Alan 400 mts).

 

No link a seguir, vocês podem obter resultados e imagens da Copa do Mundo Paraolímpica

http://paralympics.channel4.com/

 

Os Resultados da Copa do Mundo Paraolímpica podem ser acompanhadas pelo site

http://paralympics.channel4.com/bt-worldcup/results-schedules/athletics/index.html

Sunday, May 8, 2011

Cadeira de Lançamento/Arremesso

 

O Banco de lançamento tem regras bastante simples em relação a suas limitações técnicas. Cada atleta e treinador devem construir a estrutura de acordo com a funcionalidade de movimento de cada atleta, possibilidando a esse a maior mobilidade e estabilidade, no caso de comprometimento do movimento em decorrência das deficiências, possivel. No entanto, é fundamental desenvolver uma estrutura que leve em conta a seguraça do atleta.

 

As regras a seguir são as normas instrutivas para a construção da cadeira de lançamento usada pelo atleta.

5.20 Regra 178: Requisitos para Arremessos/Lançamentos em Cadeira (Classes Esportivas F31-34, F51-58)

5.20.1 Regra 178.1: Especificações da Cadeira de Arremesso/Lançamento

(a) A altura máxima da cadeira de arremesso/lançamento, incluindo a(s) almofada(s), usada(s) como assento, não poderá exceder 75 cm.

(b) Apoios de pé, caso existam, devem ser utilizados somente para apoio e estabilidade.

(c) Apoios de pé posicionados no solo para garantir o contato do pé são permitidos, não devem, contudo proporcionar uma vantagem de altura. A altura de tais apoios de pé não deve exceder 1 centímetro.

(d) Apoios laterais para segurança e estabilidade podem ser fixados ao assento. A cadeira de arremesso/lançamento poderá ter uma barra de agarre não articulada.

(e) A cadeira de arremesso/lançamento poderá ter uma barra de agarre não articulada de metal, fibra de vidro ou material similar.

(f) Todas as partes da cadeira de arremesso/lançamento devem ser fixas. Auxílio aos atletas por meio de partes articuladas não é permitido.

 

O atleta é responsavel para que a cadeira esteja dentro das normas e especificações da regra, sendo que no caso de a cadeira estar em desacordo com a regra o atleta pode ser impedido de competir.

 

A cadeira é fixada a uma plataforma por fitas com esticadores e correntes, desse modo é fundamental que a cadeira tenha pontos de ancoragem para a fixação desses.

 

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A plataforma a qual a cadeira é fixada permite uma ampla variação do ponto de ancoragem da cadeira em relação a essa estrutura. Essa fixação deve respeitar a prova que será realizada (disco, peso e dardo) e a técnica do atleta.

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O conhecimento desse procedimento é fundamental para o atleta, já que após fixada a cadeira e iniciada a prova o atleta não poderá mudar os pontos de amarração da cadeira.

Saturday, May 7, 2011

Classificação Funcional no Atletismo


A tabela abaixo mostra a distribuição dos atletas e suas respectivas deficiências em classes específicas.

Campo

Pista

Pentatlo

 

F11, F12 e F13

T11, T12 e T13

P11, P12 e P13

Atletas com deficiência visual

F20

T20

P20

Atletas com deficiência Intelectual

F31, F32, F33, F34, F35, F36, F37 e F38

T31, T32, T33, T34, T35, T36, T37 e T38

P32, P33, P34, P35, P36, P37 e P38

Atletas com paralisia cerebral

F40 e F41

   

Atletas com Baixa Estatura

F42, F43, F44, F45, F46

T42, T43, T44, T45, T46, T47

P42, P43, P44, P45, P46, P47

Atletas com amputação ou outros tipos de deficiência

F51, F52, F53, F54, F55, F56 e F57

T51, T52, T53 e T54

P51, P52, P53 e P54

Atletas com lesão medular, amputações ou outras deficiências que levem ao uso da cadeira de rodas

As classes são distribuidas em cinco grandes grupos de deficiência elegíveis para a prática do atletismo. A representação de cada classe é feita através de dois números, esses sempre serão precedidos de uma letra.

Para as provas de pista a letra é o T (primeira letra da palavra inglesa Track), F para as de campo (primeira letra da palavra inglesa Field) e P para as provas de pentatlo, evento combinado de 5 provas (primeira letra da palavra inglesa Pentatlon).

O número que representa a dezena simboliza o grupo da deficiência e a unidade o nível de comprometimento dos atletas naquele grupo de deficiência, assim quanto menor esse, maior a incapacidade gerada pela deficiência.

Fonte: Atualização de Winckler, C. Atletismo Paraolímpico. In: Esporte Paraolímpico. 2012

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Thursday, May 5, 2011

Tiro de Partida




Caros Amigos do Esporte Paraolímpico








Nessa primeira postagem gostaria de apresentar o objetivo desse nosso espaço que é estabelecer um ambiente para debates e trocas de informações sobre o atletismo paraolímpico.








Para isso usaremos esse blog para divulgar o Para-Atletismo suas regras, características técnicas, estudos científicos e técnicos. Além de, fomentarmos um espaço para as discussões sobre esses assuntos.








nossa pricipal interface nesse espaço será o suporte para o treinamento e a competição, já que toda a comunicação oficial do Para-Atletismo brasileiro continuará a ser divulgada no site do Comitê Paraolímpico Brasileiro (http://www.cpb.org.br/).







Abraços







Ciro Winckler