Thursday, January 28, 2016

Atleta com deficiência visual

O atleta com deficiência visual apresenta duas caracteristicas funcionais a privação total ou parcial da visão.
Essa condição limita o processo de desenvolvimento do atleta, não apenas numa perspectiva transversal na entrada de informação, mas ao longo da vida.
A orientação espacial é uma construção que depende de variáveis como experiência motora, resíduo visual, função auditiva, sistema vestibular ou cinestésico.
O vídeo a seguir, mostra a construção da orientação espacial por um rapaz cego, que não tem nenhum resíduo visual e que estabeleceu recursos para interagir com o meio e as pessoas de maneira a obter informações mais relevantes. A limitação visual diminui a velocidade de respostas do meio, quanto menor a informação visual, menor tende a ser a resposta frente ao estímulo. No entanto, estratégias podem ser adotadas para mapear o meio e criar “caminhos" para a orientação espacial, no caso do rapaz a audição foi usada como um “sonar”.

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O material utilizado na Conferência de Para-atletismo do IPC com o título “Criando o Ambiente Certo para o treinamento dos atletas com deficiência visual” visou entender elementos fundamentais no desenvolvimento da pessoa com deficiência visual.
Nesse, setido a orientação espacial é o primeiro passo para esse processo, no entanto essa e é tratado de maneira superficial na apresentação em virtude do universo a ser explorado.
O aspecto mais relevante é fundamental, na abordagem é o entendimento da condição da deficiência, pois essa permite estabelecer qual são as possibilidades e limitações inerentes àquela pessoa. Desse modo entender o processo biológico é fundamental para estabelecer a rotina pedagógica.

Nas provas de corrida a principal abordagem é a relação entre guia e o atleta com deficiênvia visual.
A orientação espacial de atletas cegos nas provas de lançamento e arremesso deve ter o auxílio de um guia. No entanto, esse não pode criar um ambiente onde o atleta não se desenvolva. Tal situação estaria condicionada ao Guia privar o atleta da exploração do meio e de sua autonomia, como por exemplo, durante a orientação espacial, pré e pós evento.
Quando vemos a atleta Assunta Legnante, da Itália, realizando seu lançamento podemos entender essa possibilidade. Embora, não podemos ignorar que a atleta perdeu a visão depois de uma longa jornada olímpica, na qual disputou diversas competições em nível mundial.

Já tratamos o Salto em distância para atletas com deficiência visual no Blog, no entanto vale resgatar alguns conceitos. A questão do treino de velocidade é algo extremamente relevante, pois a distância do salto está associada com a velocidade de deslocamento, para isso não basta apenas as corridas orientados pelo som das palmas, o atleta necessita treinar com o apoio de um atleta guia em parte de seu treinamento. Enquanto que número de passadas ou a distância que o atleta deverá percorrer será dependente e associado com a capacidade de aceleração e resistência da velocidade, no entanto uma limitada orientação espacial, impactará na capacidade de deslocar-se velozmente dentro da pista em virtude da sensação de insegurança ou pela incapacidade de correr em linha reta.

Saturday, January 9, 2016

Atleta Amputado

O Treinamento de atletas amputados passa por uma série de ajustes físicos (p.e.- fisiológicos e de biomecânica), psicológicos (p.e. - imagem corporal) e de ajustes de carga em virtude das características da amputação ou má formação da estrutura.

A mecânica de corrida ou de salto do atleta depende em primeiro lugar do nível da amputação. A perda ou comprometimento das estruturas articulares impacta diretamente na performance. Podemos colocar numa relação direta que quanto mais estruturas preservadas, mas eficiente será o movimento.


Os resultados de Markus Rehm no salto em distância cruzaram definitivamente a questão da performance, superando no ano de 2015 os melhores resultados de atletas olímpicos. No entanto, como já discutimos no blog (Corpo Eficiente ou Super Corpo) essa eficiência tem de ser analisada e entendida, não apenas para melhorar a performance dos atletas paralímpicos, mas para entender que a comparação com os atletas olímpicos pode não ser adequada.


Prova do Salto em Distância T44 no Mundial de Atletismo do IPC em Doha, 2015.

A revisão sistematica de Bragaru e colaboradores, em 2011, mostra a gama de estudos que são realizados com essa população e os efeitos do exercício físico no e pelo esporte. Levando em consideração aspectos biologicos e mecânicos ou de participação e percepção do corpo.


O processo pedagógico do treino e características dos atletas podem ser encontrados em vários materiais técnicos e artigos. Já mostramos o manual em uma postagem de 2012, mas vale a pena traze-lo novamente, pois o material trata de amputações de membro inferior e superior em seus vários aspectos.

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Estudos tem sido cada vez mais frequentes, para os atletas amputados de membro inferior. Taboga e colaboradores (2014) mostram os efeitos do atleta amputado na saída do bloco. Fase mais sensivel na performance dos atletas, uma vez que a perda do equilibio nos bi-amputados e grande e relação bilateral nos amputados de uma perna também influenciam na performance.


No Brasil, numa parceria entre o Núcleo de Alto Rendimento São Paulo e o CPB foi realizado a comparação entre atletas com bi-amputação e o Campeão Brasileiro dos 100 mts. Os resultados mostraram vantagens e desvantagens na corrida do atleta amputado em relação ao atleta sem deficiência. Podemos ver alguns desses pontos na matéria capitaneada pelo Guilherme Roseguini e vinculada no Esporte Espetacular.


Referências
Bragaru, M., Dekker, R., Geertzen, J. H. B., & Dijkstra, P. U. (2011). Amputees and sports: A systematic review. Sports Medicine, 41(9), 721–740. http://doi.org/10.2165/11590420-000000000-00000

Mcphan, J. (n.d.). Preparing Amputee Athletes: THE AUSTRALIAN APPROACH.

Taboga, P., Grabowski, A. M., di Prampero, P. E., & Kram, R. (2014). Optimal Starting Block Configuration in Sprint Running; A Comparison of Biological and Prosthetic Legs. Journal of Applied Biomechanics, In Press, 381–389. http://doi.org/10.1123/jab.2013-0113

Sunday, January 3, 2016

ICSEMIS 2016




A Convenção Internacional de Ciências, Educação e Medicina do Esporte - ICSEMIS 2016 terá como temática "Saying Yes to Diversity in Sport“. Esse evento tradicionalmente ocorre no mesmo país sede dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos.



O evento ocorrerá entre 31 de agosto e 4 de setembro, exatamente na transição entre os Jogos Olímpicos e Paralímpicos.


São Organizadores do evento a Universidade Federal de São Paulo, Comitê Paralímpico Internacional, Federação de Medicina do Esporte e o Conselho Internacional de Ciência do Esporte e Educação Física ICSSPE


SantosConvido a todos a visitarem o nosso site e submeterem trabalhos até o próximo dia 31 de janeiro.

ICSEMIS 2016

The International Convention on Science, Education andMedicine in Sport - ICSEMIS 2016  will have as theme " Saying Yes to Diversity inSport".
This event traditionally takes place in the same country host theOlympic and Paralympic Games.

The event will take place in Santos betweenAugust 31 and September 4 , exactly at the transition between the Olympic andParalympic Games.

Past Events
Event organizers are the FederalUniversity of São Paulo UNIFESP,  International Paralympic Committee IPC, Federation ofSports Medicine FISM and the International Council of Sport Science and PhysicalEducation ICSSPE
Santos City
I invite everyone to visit ourwebsite and submit abstract until next January 31.