Wednesday, May 2, 2012

Salto em distância para atletas com deficiência visual



O salto em distância é uma prova que é realizada por diversas classes esportivas, dessa maneira é realizada por atletas com diferentes tipos de deficiência.

O treinamento para esses atletas deve abordar não somente as características técnicas da prova como a corrida, abordagem da tábua e salto, fase de aérea do salto e a queda, mas também desenvolver o treinamento da limitação causada pela deficiência.


Iremos apresentar especificamente o caso do atleta com deficiência visual (cego ou com baixa visão).

O atleta da classe 11 e 12 podem usar como recurso garantido pela regra o setor de impulsão e o auxílio de um chamador em sua orientação espacial.

Setor de salto em distância e triplo



Frente esses recursos o treinamento do atleta com deficiência visual deve ser iniciado pelo processo de orientação espacial (ações como corrida direcionadas, tocar ou deslocar-se por um ambiente com alvos pré-estabalecidos e deslocamento direcionado por estímulos auditivos são algumas das atividades que podem ser trabalhadas). 

Os atletas com baixa visão podem contar com estímulos visuais aumentados de modo a facilitar sua orientação.
A orientação espacial é o elemento básico para a performance, sem essa capacidade desenvolvida a realização do salto em distância terá pouca eficiência.

O número de passadas de aproximação deve variar conforme o nível da orientação espacial e mesmo da função visual.  Torralba (No prelo) apresenta a seguinte distribuição de passadas para as classes 11, 12 e 13 e nos diferentes gêneros.



No entanto, como já apresentamos anteriormente não basta dar 10 passos caso esses não sejam em linha reta ou na direção da tábua de salto.

O chamador pode se posicionar em qualquer ponto do corredor de salto, embora a grande maioria se posicione junto ao setor de salto.

A orientação deve ser feita pelo chamador e alguns cuidados devem ser tomados:

  • Colocar a segurança do atleta em primeiro lugar, não deixando que ele bata em qualquer obstáculo na pista já que o medo pode impedir a performance do atleta;
  • Mostrar o tamanho (comprimento e largura) da pista (o atleta pode percorrer a distância ou num estágio de desenvolvimento espacial superior a descrição verbal pode bastar)
  • Combinar previamente qual deve ser o momento do salto (número de passadas ou ao final das palmas o atleta deve dar mais uma ou duas passadas, ou deve saltar quando o sinal sonoro de um "vai" for dado);
  • O chamador não deve ficar se deslocando quando estiver dando a orientação sonora;
  • Orientar o corpo do atleta para que esse fique na direção do deslocamento;


  • Quando o atleta perde a orientação espacial o salto pode ser parado para re-orientação do atleta com deficiência visual, sem prejuízo do tempo limite para o salto.

Salto em distância T12 feminino realizado em Pequim 2008



Salto em distância T11 Feminino Rio 2016

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